Estamos preparados para uma Inovação Disruptiva?
No atual contexto da sociedade, mudanças dramáticas de modelos socioeconômicos tornam-se cada vez mais constantes e aceleradas. Transformações causadas pelo advento de tecnologias disruptivas, também conhecido como transformação digital, apresentam uma nova ordem que impacta de forma definitiva e irreversível em modelos de consumo, de relacionamentos, formas de trabalho e profissões, gerando uma verdadeira revolução/evolução e assim tornando mais volátil e complexo os ambientes de negócios. Neste contexto de transformação, destacam-se as capacidades cognitivas e analíticas empoderadas pela inteligência artificial e novas modalidades de provimento da computação em nuvem.
Mas este é um paradoxo, pois aumenta complexidade dos ambientes de negócios. Esses novos recursos tecnológicos podem ou devem simplificar?
É simples, novos recursos computacionais (disruptivos) trazem novas facilidades e experiências instantâneas aos usuários e empresas, que por sua vez geram novos e diferentes comportamentos os quais abrem um leque de possibilidades. Novos comportamentos provocados pela disruptividade tecnológica, trazem em seu contexto novas e complexas variáveis para gerenciar (efeitos e consequências de novos comportamentos e cultura) e riscos para controlar. Mas a variável mais complexa e o risco de maior impacto, estão exatamente na não adoção da transformação gerada pelos novos recursos computacionais disruptivos, ou seja, não acompanhar as tendências evolutivas. E isto requer uma mudança de visão e uma nova postura, uma reordenação de cultura social e corporativa.
É fato que por trás de uma experiência facilitada de usuário, reside alguma ou muita complexidade. A facilidade estimula e potencializa o uso em condições e ambientes diversos, expondo também a nova ordem de riscos que surgem a todo instante. Acompanhar a dinâmica atual de transformação, exige investimentos em capacidade de entrega analítica ou cognitiva com provisionamento instantâneo on demand. Isto impacta em muito nos modelos de negócios e na transformação da vida corporativa e da cultura organizacional, e esta é exatamente uma das mais importantes faces da complexidade.
E se estamos transformando ambientes e modelos de negócios, necessitaremos adaptar nossos modelos de gestão e práticas de governança, pois como não me canso de frisar, “não podemos governar novos tempos sem agregarmos novas práticas ”.